Aspectos demográficos

Aspectos demográficos

A análise que se segue corresponde à realidade demográfica de Aracati de 1970 a 1996, período durante o qual houve, no município, uma baixa nos índices populacionais.

A causa desse declínio demográfico deve ser atribuída à emancipação de quatro de seus distritos: Icapuí, Cuipiranga e Ibicuitaba (cerca de 22% do território e 18% da população do Município), e Fortim, que, desmembrado posteriormente, levou consigo mais uma parcela do território e da população (28% da área territorial e 16% da população municipal).

Apresentando um crescimento populacional, Aracati passou de 50.120 habitantes (em 1970), para 56.978 habitantes (em 1996). Entretanto, entre 1980 e 1991 houve, além da emancipação dos três distritos, um provável processo emigratório no Município (explicado pelo retrocesso da sua base econômica), que determinou um decréscimo populacional.

Dos 56.978 habitantes existentes no município em 1996, 34.713 residiam em áreas urbanas e 22.265 em áreas rurais. A taxa de urbanização do Município era, portanto, de 60,92%.

Não se constata no Município uma dinâmica de esvaziamento de sua área rural. Ao contrário, a população rural cresceu a uma taxa superior (2,59% ao ano) à da população urbana (1,98% ao ano).

A taxa de natalidade do Município foi estimada, entre 1995 e 1996, em 8,91 nascimentos por mil habitantes. A taxa de mortalidade do mesmo intervalo registrou 3,58 óbitos por mil habitantes. Logo, a taxa de crescimento vegetativo resultante foi classificada como insuficiente, da ordem de 5,33 habitantes por mil.

O baixo crescimento vegetativo do Município assinala a presença do fenômeno da transição demográfica que vem ocorrendo no país e no Estado do Ceará, que é decorrência de uma queda nas taxas de mortalidade e natalidade. Tal fato é uma conseqüência direta da substituição dos métodos anticoncepcionais (pílula anticoncepcional, tabela, preservativos, etc.) pela prática da esterilização feminina que é irreversível. Insere-se também neste quadro de causas uma mudança na estrutura da distribuição etária da população, com uma tendência a uma menor participação da população jovem na pirâmide etária.

A relação entre o número de homens e mulheres na população evidencia uma preponderância feminina sobre a masculina, relativamente estável.

Quanto ao número de domicílios existentes, este era, em 1991, 10.626 unidades, sendo a relação de habitantes por domicílio de 4,80. Em 1996, foram identificados 12.820 domicílios, tendo caído o índice de habitantes por domicílio para 4,44. Vale assinalar que o referido índice é inferior ao referencial do padrão de normalidade habitacional, que é de 5 habitantes por domicílio.

Fonte: LUCIENE VIERA LÔBO

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