Aspectos econômicos

Aspectos econômicos

A presença de desenvolvimento empresarial nos setores da agro-indústria e da indústria, que absorvem mão-de-obra; a polarização comercial que exerce na porção do litoral leste e na bacia do Jaguaribe, bem como a forte atividade turística que se desenvolve em seu território, fazem de Aracati um município com forte potencial para um retorno ao desenvolvimento econômico vivenciado no passado.

O Setor Primário

A agropecuária vem mostrando sinais de estagnação. As lavouras sofrem constantes quedas de produtividade e redução na área de plantio, o que também faz cair o nível de renda dos agricultores.

No período de 1992 a 1997 houve um acentuado declínio dos produtos tradicionais, com um incremento da produção de melão, caju em pedúnculo e coco da baía, o que revelou que o Município apresenta forte potencial para a fruticultura, principalmente aquela que é mais direcionada à agroindústria.

A pecuária também está decadente, em conseqüência, principalmente, da estiagem que dizimou boa parte dos rebanhos. A avicultura apresenta resultados estáveis, porém pouco expressivos. Já a pesca marinha continua em pleno desenvolvimento, sendo responsável por grande parte dos lucros que vêm deste setor.

Quanto à atividade extrativa, silvicultura, é quase que totalmente voltada à produção da castanha de caju, da cera e da fibra de carnaúba. Somando-se a isto há a extração da lenha, da madeira, e a produção do carvão vegetal.

O Setor Secundário

No setor industrial, há fábricas de cerâmica e olarias, bem como a extração e o beneficiamento da cera de carnaúba, da castanha de caju, além da industrialização da pesca e do sal.

Estudo recente, entretanto, identifica que algumas destas indústrias tradicionais, que já tiveram uma posição destacada na economia regional, vêm apresentando mau desempenho. Isso leva à necessidade de formulação de providências que promovam a recuperação da sua competitividade no mercado, como fator importante de estímulo à economia do Município.

Em 1997 havia 72 indústrias em Aracati, duas das quais voltadas para atividades de extração mineral, e setenta vinculadas a atividades de transformação industrial. Entre as últimas, havia preponderância dos seguintes setores: produtos alimentares, que representavam 34,29%; vestuário e calçados, com 18,57%; e minerais não-metálicos, com14,29%.

O Programa de Promoção Industrial e Atração de Investimentos do Governo do Estado resultou na instalação de duas novas indústrias, já em funcionamento no Município (uma empresa de calçados masculinos e uma de suco integral).

O Setor Terciário

O setor terciário da economia de Aracati tem no comércio a sua maior fatia. Em 1997 existiam 660 estabelecimentos comerciais em funcionamento, dos quais 95,45% se dedicavam ao comércio varejista, e 4,55% ao atacadista.

As principais mercadorias comercializadas eram os produtos do gênero alimentício, seguidos dos produtos de vestuário e calçados.

Os estabelecimentos de serviços, neste mesmo ano, eram em número de 61, havendo uma concentração maior no segmento de serviços pessoais, vindo em seguida o de transportes, e o de reparação, manutenção e conservação. Observa-se hoje um crescimento no ramo da hotelaria.

O Turismo

Existem três formas potenciais de turismo em Aracati: o histórico, o ecológico e o carnavalesco. O turismo histórico é fundamentado na sua cultura popular e no inestimável valor do seu conjunto arquitetônico, recentemente tombado; o ecológico tira partido do patrimônio paisagístico natural dos coqueirais, nascentes, dunas e falésias avermelhadas das praias de Canoa Quebrada, Majorlândia e Quixaba. Quanto ao carnavalesco, que hoje é responsável por uma afluência de cerca de 200.000 foliões ao Município, sabe-se que não encontra infra-estrutura de apoio adequada à sua demanda, devendo inclusive ser repensada a sua localização, em face dos prejuízos irreparáveis que vem causando ao patrimônio histórico e cultural do lugar.
Apesar de todas as vantagens econômicas que podem advir deste setor, deve-se ter em conta os problemas que surgem com ele, e que envolvem, desde a agressão ao meio ambiente, a uma infinidade de problemas sociais, como a presença de drogas, prostituição e violência, que afetam o equilíbrio das populações locais.

Há também a questão da insuficiência de infra-estrutura de apoio ao turismo  hotelaria, telefonia, segurança, equipamentos de saúde, campo de pouso _ tanto em relação à quantidade quanto à qualidade dos serviços. Investimentos neste sentido devem ser, portanto, estimulados, já que é justamente neste setor onde se encontram as maiores possibilidades de um retorno ao pleno desenvolvimento econômico do Município.

Fonte: LUCIENE VIERA LÔBO

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