História de Canoa Quebrada
Tudo começou em mil seiscentos e cinquenta:
O capitão Francisco Soares da Cunha, vinha de Portugal mapear o povoado de Aracati, quando chegou a Ponta Grossa no Icapuí o barco furou. Vieram empurrando a embarcação, com o objetivo de chegar a Aracati, com a informação que tinha um homem conhecido do lugar, o qual chamava-se Simão. Foram falar com ele e terminaram dando-lhe o barco. Simão trouxe alguns homens para destruir o barco, quando vieram, espantaram-se com o tamanho da embarcação disseram: uma Canoa quebrada e aí ficou registrado o nome desde maravilhoso lugar.
Após ser descoberta casualmente, na década de 60/70 por famosos mochileiros que iam para essas praias em busca de aventuras e tranquilidade. Anos depois forma chegando paulistas, mineiros e turistas de todas as partes do mundo. Nessa época em Canoa existia um grande artesão, um nativo chamado Chico Eliziário ou Chico Artesão que com sua aguçada sensibilidade captou o amor e feitiço que sentiam os nativos instintivamente por um fenômeno astrológico. Fenômeno este que ocorre temporariamente que é a junção da lua com a estrela. Foi Chico que materializou esse fenômeno em brincos, pingentes e pulseiras de casco de tartaruga ele linchava com uma folha de árvore.
Os primeiros mochileiros que com suas barracas de acampar; não tinha para onde ir. Nessa época Canoa não tinha muito a oferecer, era apenas uma pequena aldeia de pescadores, localizada em um lugar muito esquisito da natureza, era justamente o que os atraia.
Não havia nada no lugar, não tinha luxo nenhum, o bolo do senhor Adolfo era o que tinha de mais gostoso….
Ele procurava os turistas que chegavam a aldeia, levava para sua casa oferecia hospedagem e comida: iguarias caseiras transformaram-se no famoso prato feito do Seu Adolfo.
Parte desta misteriosa magia de Canoa faz os artistas de todos os tipos e de todos os lugares do mundo. Uns vivem da arte pesqueira, outros da música e muitos de artesanato. Existem também pintores nativos, como Niciano e Potola, ambos nativos de Canoa que deixaram até de estudar para seguir seu coração, que Ra pintar as belezas naturais do lugar. Canoa foi a musa inspirada que acolheu os muitos artesãos forasteiros que se deslumbraram com a natureza e a magia do lugar. Decidiram comprar suas terras, fazer suas casas e formar suas famílias para curtir a terra boa.
Têm artesanato de todo os tipos: durepox, couro, arame, coco, etc. O que mais predomina é a prata, atualmente tem umas oito oficinas trabalhando a prata. Vale citar dois mestres prateiros: José e Beto que de suas oficinas nasceram bons profissionais da prata. Infelizmente hoje essa arte está ameaçada por comerciantes de artesanatos que compram em grandes quantidades, e vendem mais barato. Atualmente cinquenta famílias de Canoa Quebrada e da Vila dos Estevão vivem exclusivamente da pesca. As mulheres desses pescadores além de cuidar seus filhos, que por sinal muitos também fazem labirinto para dar uma força na economia do lar. Com o passar dos anos essa antiga arte está acabando devagar, foi por isso que para garantir a sobrevivência e bordadeiras criaram a Associação do Desenvolvimento Comunitário.
No início do século quando os habitantes moravam na praia tinham uma igreja que com o passar do tempo ficou em baixo das águas. A nova foi construída em 1904 por Francisco Coração dos Santos, marido de dona Maricota. O tempo foi passando e os turistas foram chegando, muitos para ficar. Houve uma mistura com nativos criando assim uma nova geração, que com certeza serão pessoas muito elevadas de cabeça, e dará um novo rumo à Canoa. Depois da chegada da energia elétrica, estourou Canoa em todos os aspectos, uma duplicação das pousadas, restaurantes, etc.
Apareceram também serviços ao turista como: passeio de buggy, jangada, etc.
Fonte: https://guiacanoaquebrada.com.br/site/pagina/index/ref/historia-cultura
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