Origem da Cidade de Aracati
Mesmo sem a certeza da comprovação da teoria anterior, podemos afirmar que o povoamento da região onde hoje se encontra a cidade de Aracati iniciou-se através de uma campanha, do capitão-mor Pero Coelho de Souza no séc. XVII, que partiu da Paraíba para o fim de empreender a conquista da Ibiapaba, onde os franceses mantinham comércio com os índios Tabajaras. Sua expedição dividia-se em dois grupos, enquanto um seguia diretamente para o Rio Jaguaribe, o outro, sob a chefia do capitão-mor, atingia o mesmo ponto por terra.
A hostilidade dos índios aqui existentes na época obrigou o chefe da comissão a demorar-se aqui, com o objetivo de pacificar o território. Para isso mandou erguer um fortim, a que deu o nome de São Loureço, por ser este o santo do dia – 10 de agosto de 1603 – Tratando-se de local seguro para as embarcações, esse ponto veio a ser chamado de São José do Porto dos Barcos e sucessivamente Cruz das Almas e Santa Cruz do Aracati.
Mais tarde com a expulsão dos holandeses do Recife, colonos portugueses, pernambucanos e paraibanos instalaram-se na várzea do Rio Jaguaribe. Com esse afluxo de imigrantes começou a desenvolver-se o lugarejo, constituindo-se de pronto, em centro de interesse comercial.
“Em seus primeiros dias o povoado – possuidor de enormes charqueadas e onde pela primeira vez se explorou a indústria de carne seca , no Brasil, fez convergir para seu núcleo não pequeno número de forasteiros, dando margem a que o comércio, não só de charque, como de couros salgados de boi, vaquetas, couros de cabra e pelicas brancas se desenvolvesse de modo assombroso, transformando-se em pouco tempo a face do humilde arraial, que se tomou um dos mais procurados e populosos daquelas eras então da capitania”.
O padre José Lopes de Lima começou em 1747 a erigir novo templo que não chegou a ser terminado, tendo ruído quando as paredes não haviam ainda sido concluídas.
Já em “24 de Julho de 1774, o 6º ouvidor do Ceará, Manoel José de Faria, era favorável à criação da vila, que “viria a ser côrte dêste Siará em breves anos por ficar às margens do Rio Jaguaribe, navegável a sumacas; em distância de três léguas e de fato ao seu porto vêm todos os anos vinte e cinco a mais que, a troco de fazendas, que trazem, levam. a carne e courama de dezoito e até de vinte mil bois para Pernambuco, Bahia e Rio de Janeiro”. Foi a proposta aprovada pelo governador de Pernambuco no ano seguinte, a 4 de maio, com parecer favorável do Conselho Ultramarino, exarado em 12 de dezembro do mesmo ano”.
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