Recursos hídricos

Recursos hídricos

A história da cidade de Aracati, bem como a de inúmeras outras cidades que se situam ao longo do curso do Rio Jaguaribe, está vinculada à sua existência. Ele influenciou e influencia, não apenas a localização, como também a economia e o clima de toda essa região (Vale do Rio Jaguaribe). Nascendo nos Inhamuns, no extremo ocidental do Estado, percorre 760 Km até chegar ao Oceano Atlântico. É o maior rio do Ceará, o que explica a sua divisão nas sub-regiões Alto Jaguaribe, quando recebe o rio Salgado; Médio Jaguaribe, até o Boqueirão do Cunha; e Baixo Jaguaribe, na sua extensão final, que vai até a foz.

Em Aracati, não apenas as vantagens, mas também as grandes catástrofes, são atribuídas à existência do rio Jaguaribe. Situada numa planície baixa que dista apenas 15 Km da foz do mesmo rio, Aracati viu-se, por vezes, inundada em suas grandes enchentes (1732, 1741, 1743, 1789, 1805, 1832, 1839, 1842, 1866, 1917, 1921, 1922, 1924, 1974 e 1985). A pior de todas foi a de 1924, quando várias casas desabaram e a população teve de se manter afastada da cidade durante mais de 60 dias. No centro a água atingiu a marca de 1,40 m. Depois da cheia de 1985 se construiu um dique, que garantiu, desde então, a proteção da cidade contra as referidas enchentes. No estio, boa parte das suas águas provém do açude Orós.

Apesar do rio Jaguaribe fornecer uma razoável quantidade de águas superficiais ao Município, suas reservas hídricas encontram-se limitadas. Ao todo, Aracati conta com 17 açudes (30.050.000 m3) e oito lagoas (589.000 m3). Uma maior garantia de abastecimento se dará com a conclusão da barragem do Castanhão (4.451.700.000 m3). Há a previsão de se construir, em Iracema, um outro açude, o Figueiredo, com capacidade para 502.000.000 m3.

Quanto às águas subterrâneas (provenientes das dunas, aluviões, formações das Barreiras, e das Jandaíras) serviriam para abastecer as comunidades mais isoladas sem que houvesse a necessidade de se construir novas adutoras, bastante dispendiosas. As águas em aluviões, que têm maiores reservas, vazões regulares e podem ser captadas a pequenas profundidades, encontram-se contaminadas, estando, portanto, impróprias para o consumo.

Fonte: LUCIENE VIERA LÔBO

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